
Joe Biden admite reavaliar a candidatura à Casa Branca caso lhe seja diagnosticado um problema de saúde. Declarações do Presidente dos Estados Unidos numa entrevista à BET News que será transmitida esta noite na CBS.
Questionado pelo jornalista sobre se algo o faria reconsiderar a candidatura, Biden respondeu:
“Se eu tivesse algum problema de saúde que surgisse, se alguém - se os médicos viessem ter comigo e dissessem ‘tens este problema, aquele problema’”, afirmou.
É a primeira vez que o Presidente norte-americano admite abandonar a corrida à Casa Branca, depois de na semana passada ter negado intenções de desistir.
Na altura, numa extensa carta publicada nas redes sociais, disse que não ignorava as preocupações levantadas sobre a sua capacidade para continuar. Mas garantiu, “de forma clara e inequívoca”, que não seria recandidato se não acreditasse ser a pessoa mais capaz para derrotar Trump.
“Apesar de toda a especulação na imprensa e noutros locais, estou firmemente empenhado em continuar nesta corrida até ao fim e em derrotar Donald Trump”, escreveu.
Aumenta a pressão para que Biden desista
Mas a pressão para que desista tem ganhado força. Esta quarta-feira, o congressista norte-americano Adam Schiff juntou-se aos eleitos do Partido Democrata que se opõem a que o atual Presidente, Joe Biden, dispute as eleições presidenciais deste ano contra o republicano Donald Trump.
"Acredito ser altura de ele [Biden] passar o testemunho" e "assim garantir o seu legado de liderança, permitindo derrotar Donald Trump nas próximas eleições", afirmou o influente congressista, eleito pelo estado da Califórnia, num comunicado citado pelo jornal Los Angeles Times.
Quase 20 eleitos democratas nas duas câmaras do Congresso pediram já a Biden para se retirar da corrida presidencial após o débil desempenho no debate televisivo no mês passado contra Donald Trump, que tem vindo a alargar a sua vantagem nas sondagens.
Segundo uma sondagem hoje divulgada, quase dois terços dos democratas afirmam que Joe Biden deve retirar-se da corrida presidencial e deixar o partido nomear um candidato diferente.
Com LUSA