Vladimir Putin acusou a Ucrânia de levar a cabo “outra grande provocação” depois de uma alegada incursão das forças de Kiev na fronteira russa, escreveu esta quarta-feira a BBC.
De acordo com as autoridades russas, cerca de 300 soldados ucranianos entraram na região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, na terça-feira, forçando milhares de residentes a deixar as suas casas.
O Presidente russo falava antes da reunião do Conselho de Segurança, em Moscovo, esta quarta-feira. Putin alegou, também, que as forças ucranianas “dispararam indiscriminadamente” contra edifícios e residências civis.
Moscovo afirma que as tropas inimigas atravessaram a fronteira junto à cidade de Sudzha, a 10 quilómetros da linha da frente, apoiadas por 11 tanques e mais de 20 veículos de combate.
A par da suposta incursão terrestre, que terá originado confrontos em várias aldeias russas ao longo do dia, a Ucrânia terá lançado ataques aéreos que continuaram noite dentro e resultaram na morte de três civis. No total, a investida ucraniana em terá causado 24 feridos, acrescentaram as autoridades russas.
Imagens publicadas online e verificadas pela BBC mostram caças a sobrevoar a região a baixa altitude na terça-feira, com fumo a pairar sobre algumas zonas no solo.
A Ucrânia ainda não reagiu oficialmente às declarações de Moscovo sobre as movimentações em Kursk. Um coronel ucraniano, Vladislav Seleznyov, disse ao canal bielorrusso Nexta que se tratou de um ataque “preventivo”, uma vez que se estima que 75 mil soldados russos continuam a mobilizar-se perto da fronteira com a Ucrânia.