Nova Iorque sempre se destacou pela sua excentricidade e por tudo ter um tamanho "exageradamente" grande. A próxima atração da famosa "Big Apple" será uma escultura hiperrealista de um pombo gigante batizado com o nome de "Dinosaur". Com cerca de 6,5 metros de altura, a obra de arte da autoria do artista Iván Argote será colocada no cimo do parque "High Line" entre a 10th Avenue e a 30th Street.

A partir do mês de outubro e até à primavera de 2026 vai ser possível contemplar esta "escultura colossal" que não parece agradar a todos os nova-iorquinos. Segundo o artista responsável pela sua criação, chamar a um pombo de "dinossauro" não está relacionado com a sua aparência mas sim com a sua dimensão.

“O nome 'Dinosaur ' faz referência à escala da escultura e aos ancestrais dos pombos que há milhões de anos dominaram o mundo, como nós, humanos, fazemos hoje. O nome também serve como uma referência à extinção dos dinossauros”, explica o artista colombiano.

A escultura gigante feita de alumínio e pintada à mão tem como objetivo "canonizar o conhecido pássaro de rua da cidade de Nova York", de acordo com a página oficial do parque "High Line". O pombo "Dinosaur" vai substituir a escultura Old Tree que está atualmente em exibição no mesmo local.

O seu lado mais provocador pretende ainda desafiar a relação que temos com os pombos. A escultura está assente num pedestal para representar a superioridade do pássaro em relação ao ser humano.

Normalmente associado à transmissão de inúmeras doenças e muitas vezes desvalorizado pela sociedade, o pombo já foi um animal com uma grande importância. Durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial foi utilizado para enviar mensagens entre trincheiras e linhas da frente.

"Sinto que esta escultura pode gerar um sentimento estranho de atração, sedução e medo entre os habitantes de Nova Iorque", acrescenta Iván Argote.

O artista colombiano é conhecido por focar os seus trabalhos em questões como a justiça social ao mesmo tempo que crítica os padrões históricos e tradicionais incutidos na sociedade atual. Aos 41 anos, Iván Argote já teve as suas obras expostas em dezenas de países como Espanha, França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Estados Unidos ou Colômbia.