Em noite de sexta-feira 13, o campeão nacional - avesso a surpresas e infelicidades - visitou o Arouca e repetiu o resultado da época passada (0-3). Nesta noite característica - acima de tudo para quem é supersticioso - foi Loum (o 31) quem mais sentiu o 13.
Ou melhor... o 9. Gyökeres foi uma tortura para o médio - a grande surpresa de García - e, a par de Trincão, destruiu a defensiva arouquense. Uma noite de terror para o Arouca que raramente assustou Franco Israel.
Com este triunfo, os leões seguem invencíveis - quinta vitória seguida - e na liderança do campeonato, enquanto os arouquenses somam a quarta derrota na Liga (14º posto).
Caro Gyökeres, posso acompanhar o senhor à casa de banho?
Foi assim durante os primeiros 45 minutos: Viktor Gyökeres ia para a direita, Loum ia para a direita; Gyökeres ia para a esquerda, Loum ia para a esquerda; Gyökeres ia para a casa de banho, Loum também ia para a casa de banho.
Brincadeiras (e exageros) à parte, Gonzalo García afirmou que «nunca fez uma marcação especial» a nenhum adversário, mas apelou à «organização». Assim foi.
Contra o campeão - e com o poderoso sueco pela frente - o técnico arouquense não facilitou e estreou o ex-FC Porto - fez de terceiro central no meio de Lamba e Fontán - que teve a hérculea missão de dificultar a vida ao goleador leonino.
Gyökeres não faturou ou criou uma ocasião clara de golo, é certo, mas não deixou de ser uma autêntica tormenta para a defensiva da casa e teve influência no golo inaugural. Após arrastar Loum num ataque à profundidade, colocou a bola em Quenda que, de seguida, descobriu Trincão. A partir daqui, o luso encontrou uma brecha no coração da área e Pote - à matador - não vacilou.
Com o marcador aberto, o Arouca - que até arrancou o jogo com uma excelente ocasião para marcar por parte de Jason - procurou responder, mas foram os leões que, sem grandes sobressaltos, dominaram a partida.
Viktor Gyökeres... outra vez
Absolutamente diabólico. Sétimo jogo consecutivo a marcar e oitavo jogo consecutivo a marcar ou assistir. Números que traduzem o impacto do sueco dentro de campo e que explicam a preocupação de Gonzalo García na preparação do jogo.
Apesar da entrada positiva do Arouca - Alfonso Trezza aqueceu as luvas a Israel -, o Sporting não tardou até restaurar o domínio no jogo. Nuno Santos, primeiro, avisou com um excelente remate de longe e Loum (sim, ele) materializou em golo na própria baliza, ainda que, a infelicidade tenha virado felicidade, após o golo ser invalidado por fora de jogo a Nuno Santos.
Aos 72' - após mão na área de Fukui -, não obstante, Nico Mantl nada conseguiu fazer para travar o remate poderoso de Gyökeres da marca dos 11 metros. 0-2 e tudo resolvido (no que toca à incerteza no vencedor). Após o golo, os leões continuaram a dominar e Trincão continuou a brilhar - grande exibição do internacional português.
Ao minuto 80, o extremo furou a defensiva arouquense e, com classe, finalizou rasteiro e sem hipóteses.