Pedro Pablo Pichardo voltou aos Jogos Olímpicos depois do histórico 5 de agosto de 2021. Pela primeira vez depois de se tornar o quinto campeão olímpico português, o craque do triplo salto regressou ao maior dos palcos. Não se pode dizer que a ocasião tenha pesado.

Pichardo apareceu no Stade de France de calças e boné, relaxado, como quem ia só ali assinar um papel e esperar um pouco para quando for à série. Ao primeiro ensaio das eliminatórias, saltou, sem esforço, 17,44 metros, bem acima dos 17,10 metros que marcavam o mínimo para estar na final de sexta-feira.

Conseguido o objetivo logo à primeira, o português sentou-se, pegou nas coisas e foi-se embora, confiante e altivo. O objetivo de se tornar no primeiro bicampeão olímpico nacional poderá ser cumprido dentro de 48 horas.

JOSÉ SENA GOULÃO/Lusa

No primeiro embate entre Pichardo e Jordan Díaz, o português fez melhor que o espanhol. O campeão da Europa de Roma, que em junho impressionou com uns brutais 18,18 metros, a terceira melhor marca de sempre, saltou a 17,24 metros. Também sem esforço, Jordan, que partilha com Pedro Pablo o facto de ter saído de Cuba, fez menos 20 centímetros que o campeão olímpico.

Díaz e Pichardo partilharam a descontração, a calma, a segurança. O grande duelo será na noite de sexta-feira.

Esse dia não será de regresso ao Stade de France para Tiago Pereira. Entre as suas quatro tentativas, o outro português saltou 16,36 metros, distância inferior aos 17,10 metros definida como marca mínima de acesso à final.